quarta-feira, dezembro 19, 2012

Como uma rosa para a rainha




Edward Lionheart está vivo?
Bem vivo e encenando Julius Cesar
Ah, como se não bastasse...
... Ele não se cansa de encenar Shakespeare


Um crítico sempre se irrita quando não há o que elogiar
No mundo deles, quando o sol se põe não há o que contemplar
Surge impávida, uma temerosa noite escura, nada mais
Sem dúvida, houve uma grande época de roteiros colossais


Épicos... Um uso corriqueiro de metáforas e analogias
Mostravam-nos claramente como se esforçavam para nos convencer
Poupar-lhe-ei o tempo, já vou lhe dizer
Fingirei que acredito em seu falso lamento


Acima da tampa, cobrir-lhe-ei com a terra fria dessa plaga
“E as asas da noite se estenderam por todo o terreno dos mortos”
Lembro-me bem... Era quinze de março de 1971
Quando Maxwell Rose subiu para o além


E, em meio à vida, a morte se fez
Das cinzas as cinzas, um dia...
Antes, ele brotou como uma árvore


E pela família e pela sociedade foi cortado, podado
Aparado, nascido da mulher vermelha não teve imunidade aos sofrimentos imputados
Desta forma, como uma rosa para a rainha, todos os seus espinhos foram-lhe desbastados.



*Homenagem a Vincent Price e Diana Rigg: 
“Theater of Blood” (1973) 
Direção: Douglas Hickox.

domingo, dezembro 09, 2012

Terça-feira, de rubi



"Goodbye, ruby tuesday
Who could hang a name on you?"
(The Rolling Stones)



Nunca questionei sua liberdade
E você, nunca me disse de onde veio
Mas, não me importa o ontem...
... Ou o crepúsculo que virá


Na terça-feira, a noite é sempre mais cintilante
Pois, é nela que usas o colar de rubi
O mesmo que lapidei teu nome
Só para lhe impressionar


Você é como o dia...
... Metamorfoseia-se com a noite
E meus gastos aumentaram, na medida 
Em que tornamo-nos mais íntimos


Mais uma entre tantas, não mais
Terça-feira de rubi, você foi capaz
Durante um ano, minha conta...
... Ah, minha conta bancária, já não existe mais




*Baseado em Ruby Tuesday (1967), The Rolling Stones.