Quem se lembra de uma nuvem?
(Guy de Maupassant)
Lá vem ele; pela janela posso ver...
... Kri Demmall passando, através das cortinas,
passando
Com seu jeito despojado, torto, vago, sem chapéu
Trazendo consigo um valor finito que desvaloriza sua
possuidora
Um trago; por ele,
deixei minha casa, abandonei a velha cidade
Sou réu revel, vou a deriva, de terra em terra, ora vermelhas...
... Amarelas, estou diante de outra estrada; da face escorre-me sal
Eu, que sou um homem de família, acusado fui por Kri Demmall
Sou réu revel, vou a deriva, de terra em terra, ora vermelhas...
... Amarelas, estou diante de outra estrada; da face escorre-me sal
Eu, que sou um homem de família, acusado fui por Kri Demmall
Passando; sobre
minha cabeça, urubus girando; grilos e cigarras em uníssono
Cantando acusam-me, dizendo que aquele favor, outrora favor de amigo
Tornou-se uma desgraça, uma aflição terrena, um torpe vício
Você ainda me
considera um amigo?Cantando acusam-me, dizendo que aquele favor, outrora favor de amigo
Tornou-se uma desgraça, uma aflição terrena, um torpe vício
Desde que o sol escureceu e a lua silenciou-se, clamo a Deus em suplícios...
Vivendo em quartos pagos, de joelhos; num eterno e incessante castigo.
Vivendo em quartos pagos, de joelhos; num eterno e incessante castigo.
*A Henri René Albert Guy de Maupassant (05/08/1850 - 06/07/1893) e seu amigo Gustave Flaubert (12/12/1821 – 08/05/1880).
Deixe que sua respiração seja sugada por um vampiro brasileiro!
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