Vamos ladeira abaixo
pela rua das desilusões
É tempo de nos
abrirmos um ao outro, Sioux¹...
... Puxe meu cabelo e
me mostre suas paixões
Vamos cortar essa
conversa cheia de senões?
Emoções fúteis foram
as únicas coisas que tivemos
Nos últimos tempos só
pisamos em pregos enferrujados
Por outro lado,
estamos buscando a fórmula de maneira empírica
Nos apoiando exclusivamente na experiência e na observação.
Lírica, você me dizia de forma satírica
Charlatão que cura minhas doenças sem noções científicas!
Tremendo na cama, faz-se de vítima e canto-lhe uma canção
De ninar, singela como uma new wave deveria ser:
“Overground from
abnormality
overboard for identity
Overground for normality
overboard for identity…”
Vivemos no limite do mundo, da normalidade, no limite um do
outro
Pouco a pouco, o vento torna-se tão frio...
... Tão frio como um corpo sem vida, um corpo morto
Você então suspira e vira os olhos mostrando-me o açoite.
Sem prometer, percebo quando serei o jantar da noite
Mastigado por calafrios e corroído pela ansiedade
Vagarosamente, sou feito em pedaços e, por ti, digerido
Não há nada que eu possa fazer e sucumbirei pela milésia vez.
Calmamente, me olha e anui com a cabeça
Sorri e me diz, confiante...
Fique tranquilo, não lute!
Ou me apaixonarei novamente, por ti, nesse instante.
¹Siouxsie
Sioux (27/05/1957).
é vocalista
da banda Siouxsie And The
Banshees.