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sexta-feira, novembro 05, 2010

A garota lagarta






Aí está você...
... Enchendo meu coração de esperança
Rastejando pelo chão, subindo paredes feito criança
Apareceu na minha frente, posso sentir sua fragrância



Me tente e
Tente de novo, tenha perseverança
Veja com sou insistente, mas
Se algum dia eu parar...
Farei questão de não restar nenhuma lembrança



Seu pó facial rosa e as mentiras bobas
Deixaram nosso relacionamento muito tolo
Se, eu deixar de curar suas feridas
Fará seu casulo, criará asas e ficará linda?
Fugirá para bem longe de mim com suas asas coloridas?



Por insistência, você se transformará?
Deixará de ser a garota lagarta...
... Que brilhava em minha mente?
Aquele verde cintilante que só os répteis possuem
Mostre-me sua língua, dê-me um beijo
Quem sabe, dar-me-á sorte efêmera?



Por dias, perdido na floresta, permaneci
Ouvia sua voz envolvente e, por ela me guiava
Um chamado profundo e, na escuridão, observava-me
Buscava encontrar seu casulo por entre árvores frias como tu
Obscura procura e a garota lagarta nunca esteve lá e nem vai estar
Enquanto isso, vou correndo para o nada como pode constatar.


*a Robert Smith, do The Cure.

quinta-feira, junho 04, 2009

Cem anos de depressão






Após sucessivos eventos sinistros
Tudo é doloroso para a mente humana
A calma mortal da inação e a incerteza que priva a alma
Me causam cem anos de depressão.




O sangue flui sob as veias
Mas eu sinto o coração oprimido
O peso do desespero que nada remove
São cem anos de depressão.




O sono me abandonou há tempos
E eu errava sob as noites chuvosas
Há cem anos de depressão
Cem anos de depressão.




Eu iniciei a vida com boas intenções
Ansiava pela prática das coisas
Mas hoje ja se passam
Cem anos de depressão.




A calma mortal da inação
E a certeza que priva a alma
Me causam cem anos de depressão
Cem anos de depressão.




*Baseado em "One hundred years": 
The Cure (1982).