
I
Imagine um navio negreiro, 
Suas viagens na azul imensidão
Na embarcação, não trazia flores
Muito menos palavras sagradas 
Entregava servidão, ratos e pulgas
Deplorável tristeza humana.
Vidas degradadas 
Sentimento de culpa?
Adeus à tribo...saudade corrosiva
Cheiro da caça, lembra-se?
Agora, só ostente tua raça
Histórias de caçadas infalíveis
Com arcos e lanças 
Arremessos indescritíveis.
Tragam o ritmo 
A ginga, a manha
Ranjam os dentes
Há muito trabalho pela frente
Até sucumbir...
Ou ao senhor 
Não mais servir
E lembre-se, nem tente fugir.
Baseado em: “O navio negreiro”, poema de Castro Alves. 
A promulgação da “Lei Eusébio de Queirós”, proibiu o tráfico de escravos, em 4 de setembro de 1850 
O então, ministro do Segundo Reinado: Eusébio de Queirós, antecipando-se a pressões vindas da Inglatera, insistiu na necessidade do país tomar por si só a decisão de colocar fim ao tráfico, preservando a imagem de nação soberana do Império Brasileiro. 
A partir da promulgação da lei, inicia-se o tráfico ilegal que desenvolveu-se intensamente no período posterior à lei e, na verdade, houve um incremento nos índices de entrada de africanos no Brasil.
Pela iniciativa, do ministro, presto a ele, minha homenagem.
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário