domingo, setembro 06, 2009

Reflexões do poeta sobre: "O Sétimo Selo"



"O Sétimo selo", de 1956, é um filme do diretor sueco Ingmar Bergman.
Nele, o diretor expõe o perfil duma humanidade desesperada e moribunda, sob o agouro implacável da Morte, no século XII.
Mas, Bergman perspicaz, apresenta-nos um final onde é possível ter esperanças.
A família de artistas são os únicos personagens que sobrevivem à “caçada” da Morte.
A arte aqui exposta é aquela do mambembe puro; integrante da trupe e senhor digno, responsável pela família que vive da arte e trabalha para levá-la ao público.
Esses artistas, de algum modo, conseguem escapar da Morte deixando o rastro da sua arte.
Presume-se então, a perpetuação do homem e de sua alma somente por meio de expressões artísticas.
Produz-se algo efêmero, mas intenso e imortal diante da imensidão espaço/tempo: sua obra.
O sentido da continuidade dos homens e suas idéias, surge então, por intermédio da arte e suas inspirações.
No filme, todos os demais personagens que representam outras categorias sociais sucumbem ou estão a mercê da Morte.
O cavaleiro, tenta, por meio de um jogo de xadrez, vencê-la, mas a Morte nunca é vencida pelos humanos.
Ludibriosa, confunde-os.
Acuada e na iminência da derrota, disfarsa-se de pároco e ouve, pacientemente, a confissão do cavaleiro dizendo qual seria sua jogada fatal.
Com essa informação preciosa, a Morte muda sua estratégia e dá: Xeque mate!
O cavaleiro, derrotado, perde mais que uma partida, perde sua vida.
Venceu a peste, venceu batalhas, mas na volta para casa, moribumbo cai de joelhos, na busca do perdão, precipitado, errôneamente, numa confissão.
A Morte os acena impávida; ao cavaleiro medieval e seus pares.
Eles a vêem se aproximando.
Ocorre, então, poderosa tempestade e, no momento seguinte a lúgubre visita, o sol surge portentoso, insólito, trazendo esperança no caminho por onde a família de artistas toma seu rumo na busca de novas platéias.
Vídeo: Youtube.

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