sábado, agosto 06, 2011

Fragmento do diário de Che Guevara


"Os donos do poder podem destruir algumas rosas
 Mas jamais conseguirão deter a primavera."
(Che Guevara).


Estou rumo ao norte...
... Da América do Sul
Sob uma chuva gentil
Que distrai a minha sede
Mas os mosquitos
Não estão sendo gentis...
Comigo!
Eles querem o meu sangue
Em troca, me darão a malária
Estou próximo à fronteira...
... Da Venezuela
Em breve, avistarei os ianomâmis
Ou eles me avistarão antes?
Nessa exploração, da Argentina parti
Minha motocicleta não suportou a primeira fronteira
Ainda há quatro leprosos comigo aqui
De alguma maneira, precisamos encontrar...
Encontrar um lugar menos inóspito
Talvez uma gruta com um pouco de conforto
Para podermos dormir um pouco.





*A Ernesto “Che” Guevara
(14/06/1928 – 09/10/1967).

2 comentários:

  1. Lou, excelente tua verve poética, como de costume, aliás. Eu, ao contrário, ando num déficit de criatividade que não consigo escrever uma linha sequer. Pois bem, vou fazer aqui uma coisa que não curto, que é me estender em um comentário, mas como teu blog é um dos poucos que acompanho (não com a freqüência que gostaria), mas encontro aqui um paradoxo entre minha opinião e o inconsciente coletivo. Pois bem, gostaria que tu pesquisasse a fundo acerca do tal Ernesto Che e chegasse à tua conclusão. Se continuar achando a figura do “revolucionário” inspiradora, ótimo, o importante é que tenha feito a análise. Se achar que o cara foi um celerado filho da puta, melhor ainda. Respeito e muito a opinião de todo mundo, mais ainda a dos amigos, mas se me permite vou passar a minha.
    Há algum tempo a revista Veja publicou uma reportagem sobre o Che, sua fragilidade como mito (outra coisa paradoxal), que embora tenha uma força colossal enquanto imagem, não resiste muito a uma investigação mais profunda. Tudo bem, a Veja é uma revista de extrema direita e eu sempre fui oposição, inclusive hoje sou situação a nível nacional e não me sinto a vontade, mas voltando ao assunto ,comecei a questionar a lenda.
    Para mim foi fácil, pois nunca tive Che como ícone de coisa nenhuma, conhecia superficialmente sua história e nem me interessava por ela a não ser pura curiosidade e entender por que ele causava tanto frisson. Após várias pesquisas acabei chegando à minha concepção do rei da camiseta.
    Não encontrei nada que me surpreendesse: uma militância que nunca foi engajada, pois o rapaz não pensava em nada além dele mesmo. O que ele precisava, na verdade era de um comboio em movimento para pular dentro e foi o que procurou até encontrar o fim mais que merecido.
    Nem vou forçar a barra com detalhes cruéis e desnecessários de execuções sumárias de mulheres, crianças e qualquer um que ousasse levantar os olhos para o regime do interminável Fidel Castro. Há quem diga ser necessário, que revolução sem sangue não demarca território e que perdas de guerra são sempre justificadas, tudo sempre em nome de um ideal. Piada que se arrasta desde sempre.
    Desculpa aí brou, mas sinceridade entre amigos é muito legal e definitivamente eu não gosto do Che.
    Abraço!

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  2. Para conhecer o mito eu precisei ir a CUBA e ver pessoalamente a situação do pais, hoje (2009). Pesquisei também - mas não leio mais essa VEJA - e encontrei o contrário disso, que vc coloca, Fábio. Por acaso entrei esse blog, pois vi essa foto no Google hoje( eu trouxe de lá um quadro com essa pintura de foto!!), pesquisando para a SEMANA CHE GUEVARA DE ESTUDOS SOCIAIS que estou organizando para alunos em geral, conhecerem o "mito" para também aprenderem a fazer, cada um, a sua revolução.
    Vc precisa conhecer Cuba.
    Um abraço.
    Jorfge Marçal

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