Os convites já estavam na gráfica
E você, enfática e sarcástica
Trouxe-me a notícia trágica
Sorria, envolta em ironia
No cume da autoconfiança
Disse-me ereta: Adeus, acabou!
E, lançando-me sortes, suspirou
A impressão que tive
Não distribui aos convidados
Ficou marcada, como digitais
Nas faces marginais dos dados
Os dias que antecederam ao matrimônio
Calando-me, sobre os ísquios, resignei
Sempre lhe fui poltrão fiel
Mitigava os resquícios da dúvida cruel
Hoje seria o dia, lamento
Ápice da união, o grande momento
A mais nobre e doce expectativa
Transformada no meu maior tormento.
*Baseado em: O cheiro do Ralo,
romance de Lourenço Mutarelli.
Depois volto pra ler as outras postagens, mas parei pra comentar essa, porque sinceramente o poema chamou bastante minha atenção, muito bonito e bem feito. É seu? Parabéns pelo espaço!
ResponderExcluirBah, que coincidência os convites do meu casamento seriam iguaizinhos a esse da imagem =) rs.
ResponderExcluirTambém volto depois para ler outras postagens, este poema também chamou bastante minha atenção. Muito lindo!
Adorei o blog, estas de parabéns!