”Para todas as coisas um tempo determinado”
De súbito, o poeta perdeu a inspiração
No púlpito, condenava-se a vaidade
Eis que, percebi tua serenidade
Confortavelmente apavoradora
Chegaste terna e dolorosa, imaculada
Vieste só, privacidade anunciada?
Mas, voltaste acompanhada
O elástico se rompeu, infortúnio!
Nada mais nos une agora
Lá fora, os sinais
Ficaram para trás, presumo
És forte demais para mim
Em luto, não aceito-a
A chuva que cai são minhas lágrimas
Tenho o corpo em minhas mãos
Mas, as almas que levaste, onde estão?
Reluto, faço um haikais
Preencheste tuas páginas da vida?
Descansa agora, querida
E assim como veio, vai
Os rumores de outrora
Transformaram-se em lamentos
Faz-se presente tua ausência
Nunca mais a terei...
Não conseguimos nos despedir, bem sei
Em padecimento, transbordar-me-ei.
*Baseado no Capítulo 3 de Eclesiastes.
lou...
ResponderExcluirGostei bastante.
Boa semana.