sexta-feira, agosto 07, 2009

Não acredito, por que o chamam de maldito?



"Pesada foi tua mão, mas leve é tua sensibilidade!"
(C. Baudelaire)



Charles Baudelaire tentara ingressar na Academia Francesa novamente...
Mas, tempos antes, em 1857, lança "As flores do mal" contendo 100 poemas malditos.

Livro esse, que se torna marco da poesia moderna e simbolista.
Les fleurs du mal, reunem aflições que se tornam inspiração máxima da obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio.

As más línguas, diziam que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.
O livro não é político, muito menos filosófico, nele não há lendas; todavia nos fascina.
Seus capítulos sugerem obscenidade social, e mostra que não há virtudes, tudo é falsa devoção e beatice.
Em 1860, foi segregado por temáticas:
(Tédio e Ideal) - (Flores do Mal) - (Revolta) - (Vinho) - (Morte)
 
O livro, então, é acusado pelo poder público de ultrajar a moral coletiva.
A sociedade francesa, admitia:
"Não estávamos preparados."


Temeram a arte.
Viram o que não queriam ver?
Para todo sempre e sempre...
Artistas visionários, pessoas à frente de seu tempo, sempre sofrem com críticas morais e hipócritas, de uma sociedade moralista e preconceituosa.


"Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião, todo o meu ódio", escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta.
Queria ter sido seu contemporâneo, compartilhar contigo suas venturas, estórias, encontros, brindes e doçura.





Nenhum comentário:

Postar um comentário