sexta-feira, agosto 07, 2009

A verdadeira realidade só se encontra nos sonhos artificiais





A irmã,
Chama-se
Mater Suspiriorum
Opta por incursões sobre o tempo...




Interage com sua solidão
Olhos nunca meigos
Não se descobre neles
Nenhuma história obtusa




Turbante em frangalhos
Somente massa confusa
Cai constantemente, não chora
Tropeços ignora




Vez em quando, suspira
Olha
Por vezes,
Entre os pobres, labora




Muta-se, na embriaguez
Delira contra o céu, treme
Reclama dos bem-amados
Geme




Esperança opaca,
Murmura entre multidões
E, em locais solitários,
Desilusões




Não ilumina o isolamento
Estaca
A dor cardiocrônica
Aplaca, contentamento




Sua cidade, Paris
Foi arruinada, talvez
Pobre senhora infeliz
Inocente a insensatez




Na hora do brinde
Quebrada teve
Sua taça, sua índole
Choque absorto
Ao chão, escorria seu vinho do Porto.





*Homenagem ao poeta que conheceu todos os
"Paraísos Artificiais" da Terra e das regiões celestiais.

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