I
Termino de montar meu pai
Braços mecânicos, olho de vidro, um alguém
Estou construindo meu pai Frankenstein.
II
Sinto-me triste, mas é breve
Mais triste do que eu, ele vem
Eu o tenho, ele ninguém.
*Baseado no filme: O cheiro do ralo
Direção: Heitor Dhalia (2007).
Adorei, Lord Lou...Me fez lembrar do filme "O cheiro do ralo" baseado em romance homônimo de Lourenço Mutarelli.
ResponderExcluirConstruir um pai com toda sucata que possa servir para tal fim é de fato uma maneira de torná-lo coisa, propriedade.
Quando construímos uma coisa temos a prerrogativa de quebrá-la e jogá-la fora antes que ela nos devore caso se torne monstro.
Construir um pai-coisa é redenção...