terça-feira, maio 03, 2011

Eu sou tão criança



Escondo-me sob as chamas, tornar-me-ei cinzas? Inflama-me a alma; queimo-me em seus braços. Quentes e neles, meu mundo se fecha. Confundi a sua voz, afligido por. E ela, virando-se me disse: Conscientemente, é um adeus?

Em minha mente, ainda sou um garoto. Um velho garoto que insiste em permanecer. Assim, doce e triste, vamos brincar... Sou lúdico e esse é o poder dentro de mim. E ela, virando-se me disse: Você tem plena certeza disso?

Perdoe-me por não crescer. Poderei fenecer usando as mesmas roupas gastas. Hoje, eu só queria um dia completamente diferente. Sem contas, sem obrigações e responsabilidades. E ela, virando-se me disse: Quer tocar meu instrumento e gravar um novo álbum?

Vamos implorar por um dia bem cinzento. E inaugurar uma nova vida úmida. Sem precisarmos nos salvar um do outro. Apenas libertamo-nos e deixamos acontecer. E ela, virando-se me disse: Sem fraquezas à flor da pele?

Eu... Eu sou tão criança. Mas, meus cabelos estão caindo. Feito folhas no outono. Estão caindo, já não há esperanças. E ela, virando-se me disse: E minhas lágrimas, estão caindo?













*A Antony Hegarty.



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