sábado, fevereiro 04, 2012

Assim falava o caçador


A todo momento só pensei nas gerações que virão...
... Depois
E, a língua não é um corpo morto
A profanação do corpo da língua e sua desfiguração...


... Não pode ser vista como um atentado à vida
Nem a cultura social abomina as gírias nessas plagas
Será que estou apto a combater toda e qualquer forma de barbárie cultural?
Homem especialista, abandonado pelas ninfas na floresta do saber?


Diante da árvore da vida, optei pelo fruto da árvore do conhecimento
Elas são distintas e continuam em minha frente
Volto, então, para mim mesmo
E o que vejo?


... Byron, Nietzsche e Brecht
Ainda tenho sede, devo alimentar a essência, como...
Alguém que tenha pensado e criado no mesmo idioma que o meu
Em minha cabeça ressoa:


Onde estarão agora...
Drummond, Quintana, Pessoa?
Devo agir, preciso viver e respirar o novo século
Navegar e buscar as pegadas que me levarão à presa!


E, de tanto estudar, compreendi que as pegadas que segui
Eram dele, o filósofo máximo, eram de Nietzsche
O prazo se extinguiu diante dos meus olhos
Vem o tempo e seus ponteiros e calendários
Rumarei ainda hoje para bibliotecas desconhecidas
Partindo sem dizer adeus aos ordinários.

 
 
*Homenagem aos mestres que me ensinaram a ler e escrever.

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