terça-feira, março 16, 2010

A fuga do nada




Não havia origem
Nem ordem cronológica
O que era orgulho foi
Transformado em vertigem




A certeza da concepção
Alterada em culpa, em dissimulação
Viver é faina árdua
O nascimento torna-se punição




E a morte, indispensável
Antes, um horizonte limitado
Agora, um sonho interrompido
Traz-me uma serena perturbação
Ardilmente comprometo o estratagema
Renuncio a mim mesmo por vontade e representação.






*Baseado em citações de Schopenhauer
(1788 - 1860).

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