sexta-feira, abril 23, 2010

Era ela






Agora me lembro bem
Como se fosse ontem...
Caminhávamos, sem pudor, pela sarjeta
Reproduzíamos a realidade com uma objetividade perfeita




Víamos, do ‘Templo do Amor’
No andar de baixo um jardim sem flor
Nele havia luz, havia chama e sombras
Visões, ilusões, tentações e um frio suor




E lá, somente lá
O poeta fantasma beijava-a
Na alcova, Guidi o esperava e
Prontamente se deitava, o aceitava




Em namoro, feito um compromisso que firmara
Buscava algo mais, algo que ainda não encontrara
O temor no amor a perturbava
Hesitante, nutria dúvidas e não se fixava
O doutor era forte, quase nada necessitava
Mas, quando se encontravam era ela quem o medicava.

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