Descrevo-o pela metade
Porém, sinto-o por inteiro
O forasteiro tem uma voz tão jovial
E sempre a usa para me seduzir
Ao deitar-me, apago a luz
Só assim o vejo refletir
Percebo tua presença fria
Somente à noite, nunca durante o dia
Encontra-me para um propósito que não entendo bem
Nas profundezas da escuridão de meu quarto
Aproxima-se, paralisa-me, faze-me refém
Toca o meu rosto, como um beijo do além
Não posso escapar, toda a noite acontece um ritual
Apele para o seduzido, peça socorro ou libertação
Preciso de garantias, temo por algo fatal
Apareça sob a réstia e revele a minha sina
Corpo temporário que agora luta para não ser
A todo custo, preso nesse mundo, tenta se manter
O que temos de bom?
A que lhe sirvo, qual é o meu dom?
Pelo desconhecido, estou atraído
Conhecia minhas fraquezas e usaste-as contra mim
Porque, qual o motivo das visitas constantes?
Mostre-me Senhor, porque tinha que ser assim?
Seus restos apodrecem em alguma tumba
E seu espectro vem me acariciar
Sobrenatural acalanto, estranho gesto de ninar
Aqui estou lhe aguardando
No único lugar que tinha para descansar.
Caro Lou James,
ResponderExcluirfiquei surpreso ao verificar que passou pelo meu blog e que se tenha tornado seu seguidor! E grato por isso, também! Espero vê-lo por lá mais vezes... Descobri agora o seu e gostei, sinceramente, do que vi.
Um abraço português!
Olá Lou James
ResponderExcluirMeu nome é Sara Melissa e também escrevo e sou poetisa, vim visitar o seu blog e não pude deixar de comentar. A poesia acima é linda e você está de parabéns.
Sempre visitarei seu blog, e caso esteja curioso, este é o link do meu http://poesiasdesaramelissa.blogspot.com/
beijos até mais