Semântica dos canalhas
Covarde audacioso
Covarde audacioso
Sou leitor sensorial
Subjetivo
Extrapolado, curioso
Informações explícitas
Deixo de lado, impaciente
De fato, aprecio o insensato
Em implícitos pensamentos
E, benevolente, acato teu ato
Participo do presente
Pacato, nunca fui
Mas sei onde está
A carta que tu procuras
Sempre esteve em tua bolsa
Fobia de encontrar?
Receio de lê-la, se emocionar...
Fiz leituras prévias da missiva
Levantamento de hipóteses conclusivas
Cultivo a flor do Lácio em minha sala
Assim como Bilac
O Príncipe dos poetasem destaque
Jogo da fala, tive idéias alusivas
É a última Parnasiana, sorrateira
Palavras que surgem fácil
E se incorporam, toda semana
Outras que se extinguem
Caem no ostracismo
Quem se ilude esperando mais?
Oprimidas pelos vindouros
Suprimem-se, são caladas
Entram no desuso da razão
Pela língua falada,
Extirpadas serão da comunicação
Mas, eis que surge o novo
Inédito jargão
Dinâmica expressão
E novas gírias são criadas
Incorporadas pela população
Disseminadas, faladas
E, novamente, cantá-las vão
Substituem-se as esquecidas
Novo dia, nova criação
Não falo como escrevo
Nunca desejei que fosse assim
Mas, as gírias reconheço
São uma ferramenta útil, mas não para mim!
Subjetivo
Extrapolado, curioso
Informações explícitas
Deixo de lado, impaciente
De fato, aprecio o insensato
Em implícitos pensamentos
E, benevolente, acato teu ato
Participo do presente
Pacato, nunca fui
Mas sei onde está
A carta que tu procuras
Sempre esteve em tua bolsa
Fobia de encontrar?
Receio de lê-la, se emocionar...
Fiz leituras prévias da missiva
Levantamento de hipóteses conclusivas
Cultivo a flor do Lácio em minha sala
Assim como Bilac
O Príncipe dos poetas
Jogo
É a última Parnasiana, sorrateira
Palavras que surgem fácil
E se incorporam, toda semana
Outras que se extinguem
Caem no ostracismo
Quem se ilude esperando mais?
Oprimidas pelos vindouros
Suprimem-se, são caladas
Entram no desuso da razão
Pela língua falada,
Extirpadas serão da comunicação
Mas, eis que surge o novo
Inédito jargão
Dinâmica expressão
E novas gírias são criadas
Incorporadas pela população
Disseminadas, faladas
E, novamente, cantá-las vão
Substituem-se as esquecidas
Novo dia, nova criação
Não falo como escrevo
Nunca desejei que fosse assim
Mas, as gírias reconheço
São uma ferramenta útil, mas não para mim!
*Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac
(16/12/1865 — 28/12/1918).
Jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Muito bom Lou.
ResponderExcluir"aprecio o insensato" Gostei disso !!
Abraços.