segunda-feira, junho 14, 2010

Cinzas vão para as cinzas



Ontem ouvi uma antiga canção
Falava sobre, um certo, Major Tom
O controlador supremo dos vícios e das mensagens
O que abandonou o Paraíso e partiu em viagem


Os conselhos de minha mãe, nunca segui
Ela me apresentou Syd Barrett, e eu entendia os seus dilemas
Agarrei-me num quadro de Marlene Dietrich
Pensei que assim, tornar-me-ia uma antiga rainha do cinema


Perdi minha cabeça, minha lanterna e
Não encontro o meu açoite
Só sinto meu melhor amigo em meu bolso
Trancado nessa cela poderei ficar sóbrio por uma noite


Lembro-me quando manuseava o machado
Meu Deus como eu a amava!
O que eu fiz de bom, quantas maldades cometi?
Depois que o sangue escorreu nunca mais a vi


Soube que se tornou, pelo caminho, na decadente máxima
Não adianta chamá-la, nem vale à pena gritar
Cinzas vão para as cinzas sem nenhuma razão
E, por aqui, não há mais graça e nem diversão


*Baseado em Ashes to Ashes, 
memorável canção de David Bowie
(08/01/1947).

3 comentários:

  1. Lou...

    Muito bom...mesmo !!!!!!

    Abração

    ResponderExcluir
  2. Olá...
    ...que ótimo que tenha sentido o que escrevi...
    ...você é uma pessoa que enxerga...mesmo de olhos fechados...

    Abraços,
    Nirma Regina

    ResponderExcluir
  3. ótimo. Realmente muito bom.Só as citações do Syd Barrett e a Marlene Dietrich já segurariam o texto por si só,mas a incorformidade,coisa inata dos poetas e escritores se faz presente com grande força!

    ResponderExcluir