Naquela manhã,
Sanssa despertou e constatou:
Uma metamorfose o transformara!
Seu pior pesadelo, acordado, encontrara!
Viu sua casca... Viu seu ventre.
Viu sua boca... Estava sem dentes!
O que aconteceu, meu Deus?
O que aconteceu, meu Deus?
Não estava sonhando, percebeu-se movimentando...
Na cabeceira da cama se sentia delirando.
Visão na vertical, a metamorfose trazia-lhe dor...
E Gregor lembrou-se que era um vendedor.
E, de sua labuta, sustentava com presentes, suas putas, seus parentes.
Olhou pela janela, apoiou-se para ver que o tempo piorou.
Lá fora... Gotas de chuva pingavam na vidraça que estourou!
Estava muito pesado, desajeitado, seu tórax achatado...
Obcecado em levantar-se, começou a revirar-se.
Obcecado em levantar-se, começou a revirar-se.
Queria libertar-se, abandonar aquele cárcere!
A metamorfose em barata foi uma situação ingrata!
Nunca mais foi visto, nunca mais acordou...
Só quem leu, pôde afirmar sobre a lenda que se criou.
*Inspirado na obra de Franz Kafka:
A Metamorfose (1912).
Nossa, fantastico...
ResponderExcluirEu fico cada vez com mais vergonha dos meus poemas o_O
Muito bom, me deu vontade de reler...
ResponderExcluirNossa, muito bom mesmo!
ResponderExcluirEstou te seguindo, um beijo!
http://serenico.blogspot.com/