Aquela menina nasceu
Filha de Golding se concebeu
Sua mãe do parto floresceu
E com Shelley se irrompeu.
Filha de Golding se concebeu
Sua mãe do parto floresceu
E com Shelley se irrompeu.
O pai, resignado foi-se então
O padrasto o sobrenome deu-a senão
Sua mãe a iniciou na escrita
E na juventude se fez mulher aflita.
O padrasto o sobrenome deu-a senão
Sua mãe a iniciou na escrita
E na juventude se fez mulher aflita.
No castelo de Byron as férias passou
E, num lampejo a estória criou
Um terror fantástico
Que pelo mundo se consumou.
E, num lampejo a estória criou
Um terror fantástico
Que pelo mundo se consumou.
A obra, ao pai dedicou
Mas o sobrenome do padrasto herdou
Escrevia desde a infância, a ficção
Viveu no campo com forte obsessão.
Mas o sobrenome do padrasto herdou
Escrevia desde a infância, a ficção
Viveu no campo com forte obsessão.
Criar um conto, criar uma estória
Num quase erro, numa memória
Lembrou de fantasmas, lembrou do inicio
E na voraz escrita, uma obra no solstício.
Num quase erro, numa memória
Lembrou de fantasmas, lembrou do inicio
E na voraz escrita, uma obra no solstício.
A noite era sombria, lúgubre, mortal
Do sonho acordado, uma febre fatal
Desejou a criação feita com afeição
Que lhes tragam dor, dor e perdição.
Do sonho acordado, uma febre fatal
Desejou a criação feita com afeição
Que lhes tragam dor, dor e perdição.
O monstro sem nome
Herdou o seu do criador
Nesse quase erro
Todo mundo é entendedor.
Herdou o seu do criador
Nesse quase erro
Todo mundo é entendedor.
Mary Shelley, saia do castelo
Mary Shelley, volte para casa
Nem Hamlet, nem Otelo
Fazem sombra à tuas asas.
Mary Shelley, volte para casa
Nem Hamlet, nem Otelo
Fazem sombra à tuas asas.
O monstro sem nome
Herdou o seu do criador
Nesse quase erro
Todo mundo é entendedor.
Herdou o seu do criador
Nesse quase erro
Todo mundo é entendedor.
Mary Shelley, saia do castelo
Mary Shelley, volte para casa
Nem Hamlet, nem Otelo
Fazem sombra à tuas asas.
Mary Shelley, volte para casa
Nem Hamlet, nem Otelo
Fazem sombra à tuas asas.
"Ela plantara as sementes que tinha nas mãos. Não outras, só essas"
(Clarice Lispector)
*Homenagem a Mary Shelley, escritora do romance gótico
"Frankenstein" (1831).
Acesse RETINAS QUEIMADAS em: Canal no Youtube
Essa foi uma dedicatória digna de um mestre. É como diz a letra: nem Hamlet, nem Otelo/ Fazem sombra à tuas asas.
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